UMN

Com o objectivo fazer extracções de DNA e análises de Reacção em Cadeia da Polimerase (PCR) os estudantes do Mestrado em Biodiversidade, Genética e Conservação da UMN e UNIPorto, tiveram aulas práticas de laboratório no Instituto Politécnico da Huíla da Universidade Mandume Ya Ndemufayo (IPH-UMN). O PCR é uma técnica de Biologia Molecular usada para detectar material genético de vírus, bactérias ou até mutações no DNA. Foi muito usada, por exemplo, nos testes de COVID-19. Ela amplifica pequenas quantidades de DNA ou RNA para facilitar a identificação de agentes infecciosos. Por exemplo, o Laboratório de Biologia Molecular do MBGC, adquirido no âmbito da cooperação entre a UMN e a Universidade do Porto – Portugal, do qual resultou esta parceria estratégica com o Centro de Investigação em Biodiversidade (CIBIO - U. Porto), foi disponibilizado pela Universidade Mandume Ya Ndemufayo ao Hospital Central Dr. António Agostinho Neto do Lubango, durante o período de vigência da pandemia da COVID-19, para auxiliar na realização de testes na Província da Huíla em face da escassez que se vivia na altura.

A coordenação das Práticas de Laboratório teve a responsabilidade do Professor Fernando Jorge Guimarães Sequeira, Pesquisador Auxiliar no CIBIO-InBIO desde 2015 e atualmente Líder do Grupo de Pesquisa TROPBIO (Biologia Tropical). O Professor Fernando Jorge Guimarães Sequeira desenvolve pesquisas em genética de populações, especialmente na compreensão dos processos de diferenciação, desde a divergência em nível populacional até a especiação, e nos processos de evolução espacialmente estruturados em escala fina de zonas híbridas. Actualmente a sua pesquisa centra-se em anfíbios neotropicais, no estudo da distribuição geográfica da diversidade genética, dentro de uma estrutura multilocus, em dois complexos de espécies de anuros neotropicais da América do Sul, Rhinella marina e Phyllomedusa burmeisteri, e em zonas híbridas entre espécies/unidades evolutivas recentemente divergentes na herpetofauna da Península Ibérica.