Presidente da AULP participou na Cimeira dos Think Tanks e Países de Língua Portuguesa
Uma Delegação da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) encabeçada pelo seu Presidente do conselho de Administração e Reitor da Universidade Mandume ya Ndemufayo, Professor Doutor Orlando Manuel José Fernandes da Mata, participou na Cimeira dos Thinks Tanks da China e dos Países de Língua Portuguesa, que decorreu nos dias 26, 27 e 28 de Novembro em Macau, organizada pela Academia Chinesa do Comércio Internacional e Cooperação Económica, Ministério do Comércio da República da China e a Comissão de Investigação Estratégica da Associação Comercial de Macau.
A Cimeira teve como objectivo materializar as orientações do presidente da República Popular da China Xi Jiping apresentadas no Fórum do Cinturão e Rota para cooperação Internacional, para que" o papel dos Think Tanks esteja voltado para o empenho na construção de alianças e na criação de uma rede de cooperação entre os think tanks". A Cimeira visou ainda fazer cumprir as novas medidas anunciadas pelo Primeiro-ministro da China Li Keqiang na Quinta Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, de promover o aprofundamento da colaboração e intercâmbio nas áreas económica, académica e cultural.
Na sua intervenção o Magnifico Reitor da Universidade Mandume ya Ndemofayo, fez questão de corrigir o Relatório apresentado sobre as trocas comerciais entre China e os Países de Língua Portuguesa que, frisava que Angola apresenta uma instabilidade política e económica, razão pela qual tem estado atrair poucos empresários Chineses. Ao abordar o tema “A promoção da colaboração económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o caso particular de Angola” o Professor Orlando Manuel José Fernandes da Mata fez questão de chamar atenção para o facto de ao longo da última década, a China ter conquistado uma posição proeminente na economia de Angola, assumindo-se como o parceiro privilegiado na cooperação de Angola com o exterior.
O Presidente da AULP, frisou ainda que Angola apresenta-se já como um país de rendimento médio, e por esse facto observa o engajamento dos parceiros internacionais, e nesse particular da China, com grandes investimentos nas áreas do comércio e de criação de infraestruturas, e esta relação está de tal forma consolidada que se nos predispusermos a fazer um périplo por Angola observaremos a presença da China em cada quadrante do país, desde os centros urbanos, às áreas mais remotas, há chineses por todo o lado a construírem uma estrada, uma escola, um hospital ou um caminho de ferro.
"Com a finalidade de garantir a protecção dos investimentos privados chineses em Angola e a parceria privada entre empresários dos dois países, para permitir a potencialização da diversificação económica de Angola, a criação de novos empregos e o aumento das exportações angolanas para a China, foi criada a Câmara de Comércio Angola-China que veio assim facilitar ainda mais o estabelecimento das trocas comerciais e tecnológicas entre os dois países, além disso, tem desempenhado competentemente a sua atribuição de informar os associados sobre comércio, investimento, transferência de tecnologia e oportunidades de cooperação entre os dois países" concluiu o PCA da AULP e Reitor da UMN..
Estiveram presentes na Cimeira representantes dos Think Tanks e de Universidades da China, Brasil, Portugal, Angola e Moçambique.
David Anjos Caunda/João Domingos Cadete