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Vice-Reitor da UMN integra equipa de estudo publicado no Salamandra German of Journal Herpetology

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O Artigo intitulado "The genus Holaspis (Squamata: Lacertidae) in Angola: a tale of forgotten specimens and disappearing forests, with the description of a new species" (O género Holaspis (Squamata: Lacertidae) em Angola: uma história de espécimes esquecidos e florestas em extinção, com a descrição de uma nova espécie) pode ser lido nas páginas de 51 a 63 da edição da Salamandra - Revista Alemã de Herpetologia publicada no dia 15 de Fevereiro de 2025. Integram também a equipa responsável pela publicação os investigadores Diogo Parrinha, Mariana P. Marques, Arthur Tiutenko, Aaron M. Bauer e Luis M .P. Ceríaco.


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UMN comemora “Dia das Mulheres e Raparigas na Ciência”

 

PALESTRA FAMÍLIA 1

A Universidade Mandume Ya Ndemufayo (UMN) realizou nesta terça-feira, 11/02, uma Mesa Redonda subordinada ao tema – Participação das Mulheres e das Raparigas no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Desafios e Perspectivas, evento que teve lugar no auditório da Faculdade de Economia da UMN, em alusão ao Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, que se comemora anualmente em todo o mundo no dia 11 de Fevereiro. A Mesa Redonda teve como prelectoras: a Professora Doutora Ana Vaz Ferreira, Docente e Vice-Presidente do Instituto Politécnico Castelo Branco (IPCB), Portugal, a Professora Doutora Carla Queiroz, Presidente do Instituto superior de administração e Finanças da Academia BAI, a Professora Mestre Ana Domingos da Silva Gerardo, Decana da Faculdade de Medicina da UMN, a Professora Mestre Nelza da Silva Fortunato, Docente do Instituto Politécnico da Huíla da UMN, a Professora Mestre Efigénia dos Santos, Docente da Faculdade de Economia da UMN, e foi moderada pela Drª Ariana da Silva, Docente da Faculdade de Medicina da UMN. As prelectoras partilharam experiências da liderança feminina no domínio da ciência, tecnologia e inovação na UMN e no IPCB, reflectiram com os presentes sobre as barreiras enfrentadas pelas mulheres e sobre a necessidade da sua inclusão nos programas de formação, sobretudo nas áreas de STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática), as suas abordagens incidiram também sobre a necessidade de se despertar a comunidade académica sobre as potencialidades da mulheres e das raparigas para o desenvolvimento científico e tecnológico, e a promoção de uma maior divulgação dos trabalhos por elas desenvolvido.

No Instituto Politécnico Castelo Branco a maior parte dos cursos é frequentado por mulheres com excepção dos cursos voltados para as tecnologias, que são maioritariamente frequentados por homens, por isso, um dos grandes desafios que aquela Instituição de Ensino Superior Portuguesa enfrenta está relacionada com o incentivo às mulheres para os cursos voltados para as tecnologias. A Professora Doutora Ana Vaz Ferreira falou de várias acções levadas a cabo no IPCB que permitiram a inclusão das mulheres com realce para a criação do Guia da Promoção para a Linguagem Inclusiva, um meio de comunicação inclusiva para todos os gêneros na instituição. A académica destacou os esforços levados a cabo pelo IPCB voltados para a promoção da integração dos estudantes internacionais, e para o respeito da individualidade de cada um, o respeito dos gêneros identitários e para a denúncia de todo o tipo de assédio. A promoção da equidade na constituição dos corpos de júri das defesas de teses foi outra experiência apresentada pela Professora Doutora Ana Ferreira, destacando que essa acção se concretiza mediante a constituição de corpos de júris com um número igual de homens e mulheres.

A Professora Doutora, Carla Queiroz, reflectiu sobre os desafios que as mulheres enfrentam para conciliarem as responsabilidades de esposas, mães, donas de casa, com as de investigadoras científicas. “De que forma as mulheres podem ser tão boas como os homens na ciência, sem se preocuparem em pensar em desistir com as frustrações diárias? Como as mulheres podem aliar a investigação científica com a pressão da vida social e do ambiente competitivo no trabalho ao lado dos homens?” São algumas questões para as quais a Presidente do Instituto superior de administração e Finanças da Academia BAI, sugeriu para reflexão. Para a prelectora, detentora de um reconhecido currículo em termos de gestão, o passo essencial para o desenvolvimento da mulher na ciência passa pela promoção de um ambiente científico para elas a partir dos níveis pré-escolares de formação. “Angola precisa de começar a pensar em ciência desde a tenra idade”, disse a académica, que defende a necessidade de se transformar o país num espaço de investigação científica, aproveitando a vocação que muitas e muitos jovens demonstram desde crianças, e ainda a necessidade de se dar espaço aos jovens detentores desse talento. A Professora Carla Queiroz disse ser necessário promover a meritocracia das mulheres e os debates que permitem conhecer e promover os bons exemplos das práticas femininas em Angola.

A Professora Mestre Ana da Silva Gerado defende a necessidade do aumento das oportunidades formativas, mas que estas tenham sempre em conta quotas para o gênero. A Decana da Faculdade de Medicina da UMN, que partilhou a sua experiência na gestão da daquela Unidade Orgânica da UMN desde a criação da mesma no ano de 2009, sempre conciliando a gestão com a docência e a pesquisa, defende ser necessário que combater os estereótipos do gênero na ciência, que se incentive a implementação das políticas de igualdade do gênero, e que se dê visibilidade a mulher cientista. A académica, gestora e médica, propõe na sua abordagem que se encoraje a geração de jovens docentes mulheres a interessarem-se e a abraçarem a ciência, para garantir um futuro brilhante e igualitário no ramo da ciência.

Partilhando a sua experiência enquanto engenheira e docente, a Professora Mestre Neusa Fortunato da Silva, relatou uma carreira de muitos desafios diários e dificuldades únicas, para ela e para todas as mulheres que se dedicam à ciência. A Chefe do Departamento de Geologia e docente do Instituto Politécnico da Huíla da Universidade MandumeYa Ndemufayo refere-se ao assédio, a desigualdade salarial, a descriminarão do gênero, a falta de reconhecimento da capacidade profissional, como algumas das dificuldades enfrentadas pelas mulheres que se dedicam à ciência.

As mulheres devem continuar a estudar e a trabalhar para conquistar o seu espaço, consolidar a sua posição no mundo académico e científico por mérito próprio, é o que defende a Professora Efigénia dos Santos, jurista e docente da Faculdade de Economia da UMN.

O dia 11 de Fevereiro foi definido como o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, pela Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 22 de Dezembro de 2015, por meio da Resolução A/RES/2012.

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